Vodafone Paredes de Coura: dia 2 (20/08), com Tame Impala e Father John Misty
25 mil á espera de Tame Impala. Houve calor e rio, barcos de plástico e mergulhos, Jazz na Relva, multidões no recinto desde muito cedo, mais de uma dezena de concertos. Mas durante todo o segundo dia do Vodafone Paredes de Coura se sentiu que muitos contavam os minutos para o início de Tame Impala.
Os bracarenses peixe:avião inauguraram o palco principal ao final da tarde para um público ainda tímido e sentado na relva. Pouco depois já uma multidão se amontoava no palco secundário para ver Pond, a banda australiana liderada por Nick Allbrook, antigo guitarrista (e depois baixista) dos tão aguardados Tame Impala. Estava dado o mote para uma noite dedicada ao rock psicadélico.
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Voltando ao Palco Vodafone, era agora a vez de Steve Gunn, o guitarrista e compositor de Brooklyn. Depois do show acústico do dia anterior, Gunn mostrou agora as suas habilidades na guitarra elétrica e à medida que o sol se ia pondo o público mais se rendia às suas canções e solos.
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Outro dos destaques da noite foi Father John Misty, que nos conquistou desde a primeira música — "I Love You, Honeybear" — e se entregou de corpo e alma com as suas canções folk-rock sobre amor e sexo, obsessões e euforias, que rapidamente puseram as mulheres a gritar e os homens com olhares de inveja.
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The Legendary Tigerman tocou logo antes de Tame Impala, e, apesar da sua atuação dinâmica e eficaz, era nítida a vontade do público: todos queriam era ouvir os australianos. Finalmente o momento chegou: depois de uma intro de música composta acompanhada por uns visuals que pareciam saídos de uma composição geométrica dos anos oitenta gravada em VHS, e que continuaram durante todo o espetáculo, foi perante uma audiência eufórica que os cinco músicos entraram em palco e começaram logo por pôr toda a gente a saltar e a cantar "Let It Happen".
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Apesar das divergências de opiniões em relação à evolução discográfica dos Tame Impala, todos se deixaram levar na viagem etérea de quase duas horas liderada pelo carismático Kevin Parker, que entre as músicas elogiou a energia que emanava naquele que foi "o melhor concerto dado em Portugal". As músicas saltaram entre os vários álbuns e o público mesmerizado acompanhava cantando temas como "Elephant", "Eventually" ou "Apocalypse Dreams", só para nomear alguns. Quando abandonaram o palco as palmas e os gritos fizeram com que a banda originária de Perth voltasse para um encore que não estava planeado, tocando uma última música com um título muito sugestivo e que resumia bem o que acontecera até então: "Nothing that has happenned so far has been anything we could control". Felicidade e rock psicadélico para todos no anfiteatro natural de Paredes de Coura.
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Fotos: Hugo Sousa/OA
Texto: Lídia Queirós
Inserido por Redação · 21/08/2015 às 16:43