Rita Guerra ao vivo no Coliseu do Porto [fotos + texto]


Rita Guerra ao vivo no Coliseu do Porto [fotos + texto]

De volta com Volta ao palco nortenho, Rita Guerra trouxe o seu mais recente disco de inéditos àquele que considera ser o seu talismã da sorte, o Porto.

Majestosamente sentada ao piano, vestida de preto no branco do instrumento, a sua voz fundia-se harmoniosamente com o som que ecoava pela sala do coliseu. Não esquecendo os seus êxitos de outros tempos, "Sentimento" e "Secretamente" foram as eleitas para o arranque do espetáculo dessa noite.

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Ergueu-se o imponente violoncelo e Rita isolou-se na frente do palco, começando timidamente o fado que o pai tanto gosta, original de Amália Rodrigues, "Nem às paredes confesso", e que depressa se transformou num furacão musical, acompanhado de um leve balançar de ancas.

A homónima do disco, "Volta", animou a plateia e nem Rita se coibiu de dar um passinho de dança, mostrando que aos 47 anos de idade mantém toda a sua sensualidade.

"Deixa-me Sonhar (Só Mais Uma Vez)" teve a particularidade de uma brilhante exibição da guitarra elétrica e foi das canções mais acarinhada pelo público.

Mikkel Solnado foi o convidado da noite, de quem a cantora diz ser eternamente fã, e cantou "Get Up", antes de ambos os artistas terem deliciado o público com o emblemático tema "E Agora?".

E porque a noite ainda guardava mais surpresas, os quatro músicos que a acompanhavam juntaram-se para cantar o "Fado do Embuçado", lado a lado com Rita Guerra. À medida que a cantora lisboeta cantava, os quatro animados jovens, juntamente com a plateia, respondiam "Olha o pincel" e "Tem tinta azul".

Cercada pelos seus entusiásticos fãs, percorreu o corredor central do coliseu, dando voz a "Cavaleiro Andante", sucesso que se mantém atual e arrebatador.

Entre canções em língua inglesa que foi misturando com os seus sucessos musicais, "Summer of 69" foi a escolhida para encerrar o repertório da artista que, por várias vezes, mostrou um sorriso rasgado perante a calorosa receção do público portuense.

Fotos: António Teixeira
Texto: Magda Santos