Dave Matthews Band na MEO Arena: "Bons filhos a casa tornam!"

Foi numa MEO Arena a meio gás (com várias bancadas quase vazias) que a Dave Matthews Band regressa a Lisboa, 5 anos depois do último concerto. Nessa altura as bancadas estavam mais compostas! Será cansaço pelas maratonas musicais a que sempre nos brindam ou apenas muitos sportinguistas à espera da festa título? Nunca saberemos e também não será isso que interessa aos que lá estiveram.

O concerto insere-se na digressão de "Walk Around The Moon", o 10º álbum da banda, lançado no ano passado. A banda está ainda a comemorar a entrada no Rock and Roll Hall of Fame onde todos grandes são imortalizados.

Embora o concerto fosse para apresentar este último álbum, o alinhamento era uma incógnita dada a variação constante nas setlists apresentadas durante a digressão. Neste caso o início deu-se ao som de "So Right" e "When the World Ends" do disco Everyday já com mais de 20 anos.

Continuou depois o escorrer por todos os álbuns da banda já trintona. Desde os inícios com "The Best of What's Around" ou "Say Goodbye" e "#41" dos primeiros 2 álbuns, entrecortados com as já habituais jams longuíssimas a fazer lembrar o rock psicadélico, mas em versão pop.

Do álbum que dá nome à tour apenas se ouviram "Madman's Eyes", "Walk Around the Moon" e "Looking for a Vein", bem distribuídas e encaixadas num repertório já vasto e com muitas músicas que os fãs esperam ouvir em todos os concertos.

E ouviram (e cantaram) "Everyday" já perto do final. Era uma das que não podia faltar!!

Por entre rasgados elogios a Lisboa (onde espera sempre terminar as suas tours europeias) e comentários de tom mais político à guerra do Médio Oriente, o final vem com "Ants Marching" e depois um encore com "Dreamgirl", uma versão de de Tex Ritter com Dave a solo e para terminar a velhinha "The Last Stop".

Em resumo, a banda adora tocar por cá e os fãs continuam a marcar presença (embora já em menor número do que há uns anos) logo, cá os esperamos em breve de novo!

Fotografia: João Padinha / Everything is New
Texto: Miguel Lopes