A arte singular de Erykah Badu no NOS Primavera Sound

Erykah Badu era o nome mais esperado do último dia do NOS Primavera Sound. E realmente foi esperado. A artista entrou em palco com meia hora de atraso e compensou a espera dos festivaleiros com uma performance intensa daquela que é a sua arte. Mais de uma hora de concerto que transportou o Parque da Cidade por um soul bem peculiar.

Erykah Badu surgiu com um figurino tribal que até incluía, na cabeça, umas penas tipicamente associadas aos índios. E não foi só o figurino que nos fez sentir no meio de uma floresta. Por vários momentos, Erykah Badu desenhava uns movimentos de dança tribais sempre muito aplaudidos pela plateia.

O que vimos de Erykah Badu foi uma performance intrigante e singular. Assistir esta artista ao vivo é uma experiência interessante que nos envolve naquela que é uma viagem pela música de um soul quase psicadélico.

Começou com "Can't Use My Phone", "Hello" e com o agradecimento ao público por ter esperado por ela. Seguiram-se "On & On" e "… & On", com Erykah Badu na mesa de mistura.

"É a primeira vez que venho cá" – Erykah Badu foi conversando com a plateia em alguns momentos contando diversas histórias que mantiveram a atenção dos festivaleiros.

O alinhamento foi seguindo com "Appletree", "Waist Of Time" e "Love Of My Live (An Ode to Hip Hop)". A dada altura já a artista estava descalça em palco. Aliás, descalçou os sapatos imponentes que tinha mesmo a tempo de dançar o seu "Window".

O concerto ia caminhando lentamente para o final. Momento para ouvir "Next Lifetime". A canção de 1970 foi uma das mais aplaudidas da noite. Houve ainda tempo para "Kiss Me On My Neck" e "Liberation".

Erykah Badu encerrou o concerto em bom e concluiu assim três dias de concertos no maior palco do NOS Primavera Sound. Um espetáculo envolvente que nos vez gingar ao som do soul e nos transportou para uma realidade onde a música de Erykah Badu é mestre.

A artista não autorizou a captação de imagens.

Equipa Noite e Música Magazine no NOS Primavera Sound
Fotografia: Júlia Oliveira
Textos e Social Feed: Daniela Fonseca
Edição: Nelson Tiago