Aimee Mann ao vivo na Casa da Música, no Porto [reportagem]


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Cantautora norte-americana esgotou a Sala Suggia e encantou os presentes.

Ontem à noite, Aimee Mann apresentou-se na sala Suggia da Casa da Música, para um concerto acústico e intimista que fez com que os fãs da cantautora norte-americana enchessem a sala.

Charmer, álbum lançado em setembro de 2012, é o principal motivo desta nova passagem de Aimee Mann pelo nosso país. O disco foi, mais uma vez, produzido pelo baixista da banda de Aimee, Paul Bryan, e contou com a participação especial de James Mercer, dos The Shins.

Mas antes de continuar a falar da prestação da Aimee Mann vamos falar de Ted Leo, companheiro de estrada Aimee e que foi responsável pela primeira metade da noite, e no meu ponto de vista responsável também pelos melhores momentos da noite quando interpretou "Bleeding Powers" ou "Colleen" imortalizados pelo seu projeto Ted Leo and The Pharmacists.

Ainda o público ia chegando de mansinho quando Ted convida Aimee a subir ao palco para interpretarem juntos alguns temas do projeto The Both que nascera como as flores na próxima primavera.

Se eu vos der a seguinte lista: "Going Through the Motions", "Red Flag Diver", "Soon Enough", "Labrador", "Milwaukee", "No Sir", "Save Me", "Wise Up", "4th of July", "Lost in Space", "The Fall of the World’s Own Optimist", "One", "Red Vines", "Deathly", ficam com ideia que o concerto resgatou temas do álbum The Forgotten Arm editado em 2005, da banda sonora de Magnolia, o filme Paul Thomas Anderson musicado por Aimee Mann, temas do último trabalho Charmer e temas do próximo projeto The Both, ou seja, um concerto pelo passado, presente e futuro e que por isso deve ter sido um concerto espetacular mas… há sempre um mas! Mas não foi. Foi um concerto morninho, a Aimee é simpática e talentosa mas falta-lhe qualquer coisa… ou eu tinha criado demasiadas expectativas, não sei!

O certo é que como disse nas primeiras linhas os momentos altos da noite foram da responsabilidade de Ted Leo que voltou ao palco, para evitar que eu adormecesse, e interpretar junto a Aimee mais dois temas do novo projeto em conjunto e o conhecido "Save Me" e conseguir assim que o concerto de Aimee não fosse como colocar o cd a rodar lá em casa em vez de um espetáculo ao vivo.

No encore (sim… a Aimee voltou após o público ter aplaudido de pé e mostrando algum entusiasmado – somos um povo bem educado –) interpretou dois temas, um deles pedido pelo público ao longo da noite, "Deathl" com uma interpretação acústica que junto com "One" (tocada antes do encore) foram os dois pontos altos da prestação da Aimee Mann.

Fotos: Nuno Fangueiro
Texto: Aida Suarez