Fever Ray no NOS Primavera Sound: A exuberância carregada de sátira
Fever Ray, pseudónimo com que Karin Dreijer Andersson se apresenta a solo, subiu ontem ao Palco SEAT para um concerto, no mínimo, invulgar. Durante quase uma hora, a banda, totalmente formada por elementos femininos, apresentou a sua arte que carrega uma vasta sátira política e social.
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Passava pouco tempo da meia-noite quando três elementos subiram ao palco e captaram imediatamente a atenção da plateia. Entre as roupas exuberantes como um fato que simulava um corpo musculado exagerado ou um casaco que imitava a pele de um urso, Karin Dreijer, vocalista, vestia a personagem de um filme de terror. A cara pintada de branco com o sangue à volta da boca fazia querer que este espetáculo seria tudo menos usual.
"An Itch" foi a escolhida para começar. O tema do seu último álbum Plunge, lançado em 2017, apresentou este pop eletrónico que caracteriza a artista sueca. "When I Grow Up" e "This Country" deram seguimento ao alinhamento, esta segunda com uma forte crítica aos padrões impostos pela sociedade: "We're not attractive to this country's standards".
O concerto seguiu com vários momentos teatrais que simulavam movimentos sexuais e sadomasoquistas. Coreografias que deixaram o público atento por mais.
Ouviram-se também "Wanna Sip" e "IDK About You" mas o maior êxtase foi aquando de "To The Moon And Back". Este tema, também do álbum de 2017, foi reconhecido pela plateia logo nos primeiros acordes e imediatamente aplaudido.
No geral, um espetáculo fora do comum que pareceu agradar quem por lá passou.
Equipa Noite e Música Magazine no NOS Primavera Sound
Fotos: Júlia Oliveira
Textos e Social Feed: Daniela Fonseca
Edição: Nelson Tiago e António Teixeira
Inserido por Redação · 09/06/2018 às 14:50