MEO Marés Vivas: dia 2 (17/07), com Lenny Kravitz e Buraka Som Sistema
Lenny Kravitz ajoelhou-se em Palco, Buraka Som Sistema levantaram pó e Miguel Araújo apadrinhou um pedido de casamento. 30 mil pessoas esgotaram o dia 2 do Meo Marés Vivas.
Lenny Kravitz ainda não tinha dado voz à razão da euforia e já o público delirava com a sua entrada em palco. Numa noite esgotadíssima, o artista mostrou o porquê de continuar a ser um cantor aclamado por pessoas de todas as idades. Arrancou com "It Ain't Over 'till It's Over", uma guitarra fervorosa e um poder musical único, deixando todos os presentes na praia de Vila Nova de Gaia arrepiados. Seguiu-se "American Woman", num desenfreado dançar das suas bailarinas que pareciam deter a mesma energia que o cantor norte-americano, e momentos instrumentais igualmente intensos. Talvez longos demais, mas que nem assim desiludiram aqueles que vieram especialmente para o ver.
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Vestido a preceito e com os óculos escuros que o caracterizam, depois de um dia a passear o cão nas vielas portuenses, arrasou à noite no Cabedelo, com "Fly Away" do álbum 5, "Always on the Run" do disco de 1991 – Mama Said, e "I Belong to You". "Are You Gonna Go My Away" extasiou os presentes, num final memorável e que jamais será esquecido por quem assistiu.
Miguel Araújo, em contraste com Lenny Kravitz, com o seu cunho doce e calmo, nem parecia estar num festival, mas numa sala de concertos, tal era a proximidade das suas canções aos público. "Fizz Limão" foi a primeira dos inúmeros sucessos, seguida de "E Tu Gostavas de Mim" e "Balada Astral". O sucesso de António Zambujo e escrito por Miguel Araújo, "Pica do 7" também não faltou e foi muito bem acompanhado pelos festivaleiro, a um só tom.
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Pelo meio de músicas de fazer sonhar, de "Dona Laura" e de um cover dos Abba, ainda houve tempo para um pedido de casamento que, decerto, ficará para a história, terminando com "Os Maridos das Outras".
Kika, a menina prodígio, abriu o palco principal do festival, num segundo dia de peso. Apesar de ainda ter um longo caminho pela frente, a sua voz caracteristicamente forte não deixou ninguém indiferente, principalmente quando entoou as suas músicas mais conhecidas: "Can’t Feel Love Tonight" e "Guess It’s Alright". Depois de um excecional cover de "Stay" da conhecida cantora Rihanna, foi a vez de se entregar a uma música escrita por uma fã sua, a quem agradeceu em palco.
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E a noite não poderia ter terminado de melhor forma do que ao som dos Buraka Som Sistema, que saltaram, dançaram e arrasaram em palco. A banda da Amadora foi a única que conseguiu pôr o público a dançar e a saltar de forma desenfreada, seguindo os passos de kuduro que Blaya ia ensinando ou simplesmente dando largas à imaginação.
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"STOOPID", de 2014, foi a primeira da noite, mas outras igualmente bem sucedidas se seguiram em catadupa, tais como, "Vuvuzela", "(We Saty) Up All Night" e "Aqui Para Vocês".
Koa foi uma surpresa para os presentes, a cantora portuguesa de pop rock eletrônico, que começa a dar largos passos no panorama musical e que abriu o palco secundário do festival. Seguiu-se Jimmy P, que esteve rodeado de fãs e de outras pessoas que, desconhecendo o seu estilo de música, se foi abeirando do palco, com fugaz interesse. Jimmy P. pedia à sua família2 que o acompanhasse a cantar, isto é, ao público, músicas como "Nas Nuvens".
Fotos: António Teixeira
Texto: Magda Santos
Vídeo: Ana Vieira
Inserido por Redação · 21/07/2015 às 13:52