Diana Krall ao vivo no Multiusos de Gondomar [fotos + texto]
A cantora e pianista jazz regressou a Portugal e, desta vez, não se esqueceu do público do norte.
A setembro de 2015, a última vez que Diana Krall se apresentou em Portugal, Wallflower, o último disco da cantora, acabava de ser editado e a digressão trouxe-o a Portugal num concerto na MEO Arena. Agora, sem disco específico para apresentar, aquela que é uma das vozes femininas mais influentes do jazz, voltou a presentear o público português com dois concertos a norte e sul do país que se focaram em alguns dos êxitos dos já 23 anos de carreira da cantora.
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Desde 2009 que Diana Krall não visitava o público portuense que ontem se concentrava junto ao Pavilhão Multiusos de Gondomar.
No palco, a básica composição de um quarteto de jazz: O baixo de Robert Hurst, a bateria de Karriem Riggins, a guitarra de Anthony Wilson e, claro está, o Piano Steinway & Sons da protagonista da noite.
"Just Found Out About Love" foi o mote para o início da conversa entre estes instrumentos onde a voz inconfundível de Diana Krall foi a cereja no topo do bolo. Os 51 anos que diz ter, de forma alguma são percetíveis. Diz que é um prazer estar de regresso ao Porto e a Portugal, uma segunda casa para ela. Atira o cabelo loiro para o lado e volta a focar-se no seu piano que, mal lhe toca, consegue também tocar em cada pessoa que no pavilhão estava presente. "I’ve Got You Under My Skin" ou "The Night We Call It A Day" são exemplos de Songs About Love que avisou previamente que iria tocar naquela noite, ignorando uma setlist que disse não ir seguir.
O espetáculo era definitivamente livre, Diana fazia em palco aquilo que disse gostar de fazer na sua profissão – divertir-se e sentir a energia do outro lado. Homenageou os seus ídolos, Irving Berlin com "How Deep Is The Ocean" e Antônio Carlos Jobim com "Quiet Nights" (Corcovado) que, com o calor que se fazia sentir, transportou o público para as noites cariocas em Copacabana.
Já num encore pedido pelo público, "The Boulevard Of Broken Dreams" de Al Dubin antecedeu o que não podia faltar – "The Look Of Love". Uma versão diferente da gravada em estúdio, mais tropicalizada e com um interlúdio de What The World Needs Now de Burt Bacharach.
Mas, foi com "This Dream Of You" de Bob Dylan que Diana Krall disse adeus ao seu público do norte levando, quem sabe, o sonho de um dia regressar.
Fotos: António Teixeira
Texto: Henrique Caria
Inserido por Redação · 24/07/2016 às 22:36